quinta-feira, 10 de março de 2011

Memory Serves


Algumas músicas parecem que foram escritas pra gente, de tão bem que podem contar um momento da nossa vida. Esse é o meu caso com a música Memory Serves, do Interpol. Eu já achava essa música legal, mas depois que prestei atenção e pra pensar na letra, me apaixonei.
Hoje em dia, Interpol é bem mais conhecido do que uns anos atrás. Mas ainda, quando digo pra alguém que esta é a minha banda favorita, tem gente que pergunta: “mas Interpol parece com o quê?”. Talvez eu não conheça bandas o suficiente, mas eu simplesmente não consigo comparar Interpol. Poderia até dizer que Editors lembra Interpol (e não o contrário), mas eu prefiro dizer que o som do Interpol é melancólico, que as letras são bem escritas e que a voz do Paul Banks... Melhor nem comentar. E Memory Serves traduz tudo isso pra mim. Ela é bem depressiva, e no início me deixava muito pra baixo, com uma baita vontade de chorar. Juntava a minha triste vida amorosa e essa música, e eu me derramava em lágrimas.
Vamos à letra.

Memory Serves

It would be so nice to take you
I only ever try to make you smile
No matter what we're gonna keep you occupied
But only at your place
Only at your place

It would be no price to pay
I only ever lie to make you smile
All kinds of dust are gonna keep me satisfied
But only at your place
Only at your place

Tonight a special memory serves me
And I'll wait to find the wrong way
Tonight a special memory serves me
And I'll wait to find

It's over
It's over
You like it
It's over

Why is it so hard to stay away?

Tonight a special memory serves me
And I'll wait to find that I'm gray
Tonight is special
I only memorize those things I deny
And I hold them while we'll sing
Seize the day

Don’t have to say that you'd love to
But they'd be pleased that you want to
Someday

It would be no price to pay
It would be no price to pay

Don’t have to say that you'd love to
But they'd be pleased that you want to
Someday
Don’t have to say that you'd love to
But they'd be pleased that you want to
Someday
Don’t have to say that you'd love to
But they'd be pleased that you want to
Someday

Pra quem quiser, tem a tradução. Não é lá uma ótima tradução, mas ajuda. E aqui tem um vídeo que achei.

Numa comunidade do Orkut, um cara analisou mais ou menos as músicas do álbum Interpol. Ele acha que esse cd conta uma história, e nisso eu concordo com ele. Em Memory Serves, ele diz que o protagonista desta história está conhecendo o amor. Pode até ser isso pra essa história. Mas, se isolarmos a música do cd, eu diria que está contando a história de uma pessoa que já conheceu o amor, e não mais o tem. O coração da pessoa em questão, no momento, está quebrado. E ficar longe do amado é difícil; paga-se um preço caro.
E a parte que mais quebra o meu coração é quando a música fala da noite. Porque sempre é assim mesmo: antes de dormir é inevitável pensar na pessoa amada. À sua cabeça, vêm as lembranças, sejam elas boas ou ruins. As coisas que você poderia ter feito ou as que não deveriam ter acontecido. Teria feito diferença se você tivesse se declarado com todo o coração?
E no fim, ainda há o conselho: seize the day. Essa é a melhor recomendação que pode ser dada mesmo. Nós deveríamos aprender a viver melhor cada dia, não deixar pra dizer o que se sente por alguém amanhã ou depois (e isso não só pro seu amor, e sim pra todas as pessoas por quem você ama e quer bem).
Só mais uma coisa: se você acha que vale a pena lutar pela aquela pessoa, se aquela relação tem futuro e vai te fazer bem, lute por ela.

(Era pra eu falar da música ou pra dar conselho?)

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